Oxalá: O Criador dos Humanos

Oxalá: O Criador dos Humanos

Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. Apresenta -se de duas maneiras: moço – chamado Oxaguiã, e velho chamado Oxalufã.
O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô.
A cor de Oxaguiã é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira.
Sua saudação é ÈPA BÀBÁ! Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano.
Simboliza a paz é o pai maior nas nossas nações na Religião Africana. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações. O Oxalá pertence os olhos que Oxalá é o mais alto da escala hierárquica, na Umbanda, no Candomblé e outras Nações têm como vulto o próprio Divino Mestre Jesus, é representado nos pontos riscados por uma estrela de cinco pontas ou o Pentateuco.
Oxalá é o mais importante e elevado dos Deuses Iorubanos, foi o primeiro a ser criado por Olorum, o Deus Supremo.
Dizem as lendas, que sua união com Iemanjá, resultou o nascimento da maioria dos Orixás, dividindo o céu e o mar, é considerado o pai de todos os Orixás na cultura Iorubana.
Oxalá é o Orixá que vai determina o fim da vida, o fim da estrada do ser humano. A morte deve ser encarada com naturalidade como se tivéssemos terminado nossa missão em Terra, Exu inicia a vida no Sêmem do homem, que fecunda Óvulo da mulher, Oxalá termina a vida do ser humano após ter cumprido sua trajetória.
Diz outra lenda que, Oxalá era esposo de Nana, senhora do portal da vida e da morte. E por determinação dela, somente os seres femininos tinham acesso ao portal, não permitido aproximação de seres masculinos em hipótese alguma. Determinação que seria também para Oxalá que ao passar do tempo não se conformava com esta decisão, não só por ser esposo de Nana, como por sua própria importância no panteão dos Orixás.
Então Oxalá encontrou uma forma de burlar as determinações de sua esposa, sem fugir de sua cor branca, vestiu-se de mulher colocou o Adê (coroa), com os chorões no rosto, próprio das Yabás e aproximou-se no portal satisfazendo enfim sua curiosidade. Foi pego por Nana na hora em que estava vendo o outro lado da dimensão. Como castigo de Nana, ela determinou:
“Já que tu, meu marido, vestiu-se de mulher para desvendar um segredo tão importante, vou compartilhá-lo contigo. Terás então, a incumbência de ser o princípio do fim, aquele que tocará o cajado três vezes ao solo para determinar o fim de um ser. Porém, jamais conseguira te desfazer das vestes femininas, daqui para frente terás todas as oferendas fêmeas!” E Oxalá passou a comer não mais como os demais Santos Aborós (homens), mas sim cabras e galinhas como as Yabás (mulheres). Jamais se desfez das vestes femininas, um Balandrau (roupa de padre), toda branca e longa até os pés. Em compensação se transformou no Senhor do princípio da morte e conheceu todos os segredos.
Oxalá também considerado o Deus responsável pela criação dos seres humanos que povoam o mundo físico, a brancura do desconhecido e do profundo saber. O filho puro de Oxalá, não vibra, portanto não incorpora, sempre fazendo Ajunto, ou o Caboclo representante de sua falange. Jamais se deve representar Oxalá por uma cruz, pois ela representa as almas que passaram na carne (reencarnações). Dessa vibração suprema se originam todas as outras, ela está presente em todos nós e em todas as vibrações.
Está sincretizado em Jesus Cristo, o homem que por sua perfeição e conduta conseguiu alcançá-la e sintonizá-la, porque foi educado e preparado para isso. Jesus viveu, durante 19 anos de sua existência, crescendo em graça e aperfeiçoamento espiritual. Essa pureza excepcional e essa altíssima espiritualidade tornaram Jesus homem e discípulo digno de servir de templo e habitação a um Poder Maior, a uma Presença Imensa. Tinha chegado a hora em que se ia produzir uma dessas manifestações divinas que, periodicamente, vêm ajudar a humanidade a apressar sua evolução espiritual, já que surgia no horizonte uma nova civilização, o nascimento ao mundo ocidental.
Um poderoso “Filho de Deus” encarnara na Terra, um Instrutor Supremo, um Ser na qual habitaria, no ponto mais alto, a sabedoria divina, uma torrente de luz e vida abundantes, uma fonte de onde jorraria em ondas o amor e a paz supremos. Essa época assinada nos Evangelhos, pelo batismo de Jesus, estando em oração, abriu-se o céu, e desceu sobre ele o Espírito Santo em forma corpórea como uma pomba, e soou do céu uma voz que dizia: “Tu és Filho especialmente amado; em que tenho posto toda a minha complacência”. Oxalá, o Cristo é, portanto, uma vibração gloriosa que inundou por três anos do batismo à crucificação, o corpo de Jesus, aquele que alcançou aperfeiçoa a evolução humana.
A vibração de Oxalá habita em cada um de nós, em toda parte de nosso corpo, porém velada pela nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É o Cristo interior, ao mesmo tempo, cósmica e universal.
O que jamais deixou sem resposta ou sem consolo um só coração humano, cujo apelo chegasse até ele. O que procura, no seio da humanidade, homens capazes de ouvir a voz da sabedoria e que possam responder-lhe, quando pedir mensageiros para transmitir ao seu rebanho: “Estou aqui; enviai-me”.
Oxalá se apresenta na Umbanda de duas formas diferentes, ou seja:
Oxalá Menino (OXAGUIAN) – Sincretizado no Menino Jesus de Praga;
Oxalá Velho (OXALUFAN) – Sincretizado por Jesus Cristo no Monte das Oliveiras.

 

Arquétipo dos Filhos de Oxalá
Os filhos de Oxalá geralmente são calmos, responsáveis reservados e de muita confiança. Seus ideais são levados até o fim, mesmo que todas as pessoas sejam contrárias as suas opiniões e projetos, esforçam-se até as últimas conseqüências, são desmedidos no sentido de análise aos que rodeiam, só percebem que foram envolvidos depois do feito. Ao mesmo tempo aparentemente indestrutíveis, emocionalmente são frágeis; choram em silêncio no mais absoluto anonimato.
O filho de Oxalá, re ergue-se na maioria das vezes quase das cinzas. É muito sensato, porém em condições de risco revertem situações a seu favor a qualquer custo. Impulsivos magoam-se com muita facilidade, contudo possuem grande capacidade para perdoar. Geralmente são paternais, justos, sábios, calmos, inteligentes, generosos, suaves e criativos. Gostam de dominar e liderar as pessoas. São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Respeitam a todos, mas exigem serem respeitados.


Características do filho de Oxalufã

O tipo físico de OXALUFÃ é frágil, delicado, friorento, sujei toso. Compensa sua debilidade física com grande força moral, e seu alvo a realizar a condição humana no que tem de mais nobre. É fiel no amor e na amizade. Oxalufã é o poente.

Características do filho de Oxaguiã

O tipo OXAGUIÃ é um jovem guerreiro combativo. É habitualmente alto e robusto, mas não é agressivo nem brutal. Não despreza o sexo e cultiva o amor livre.
É alegre, gosta profundamente da vida, é falador e brincalhão. Ao mesmo tempo é idealista, defendendo os injustiçados, os fracos e os oprimidos. Orgulhoso, sedento de feitos gloriosos, às vezes, uma espécie de D. Quixote. Os seus pensamentos originais geralmente antecipam os da sua época. Ele é o nascente.

Qualidades de Oxalá
Oxalá (o sol); Oxaguiã (o nascer do sol); Oxanyin (Oxalá moço); Oxadinhã (Oxalá moço); Oxagiriyã (Oxalá feminino); Oulissa (Oxalá no Gêge); Oxalufã ( Oxalá velho); Oxá Olokun (Oxalá do mar); Orixalá (Oxalá do meio dia); Obi-ã (esposa de Orixalá); orixá Okô (Oxalá da agricultura); Obá-okê (Oxalá da montanha); ora Minhã (filho de Odudua e Obatalá); orixanlá (rei dos orixás); Ifá (o espírito santo); Canaburá (o nascer do dia), Obatalá, Odudua, Okin, Lulu, Ko, Oluiá Babá Roko, Babá Epe, Babá Lejugba, Akanjapriku, Ifuru, Kere, Babá Igbo, Ajagunã.

 

Saiba mais sobre o Orixá Oxalá
Dias da Semana
Quarta feira Oxaguiã (Moço)
Domingo Oxalufã (Velho)

Cores de roupas e velas
Branco, Prata ou Branco c/Preto

Número
Oito (8) e seus múltiplos

Animais
Cabrita branca, Galinhas branca, Pata branca, Pombas branco e Ebi

Doces e comidas
Canjica branca, Acaçá de farinha de milho branco, Acarajé de feijão miúdo descascado, , Merengues, Baba de moça branco, Beijinho branco, Pêra branca em calda, Ameixa preta em calda, Ameixa preta seca

Frutas
Coco verde, Ameixa branca e Uva branca

Locais na natureza para entrega de oferendas
Alto dos montes ou Praia de mar

Flores
Lírios brancos, Jasmim, Crisântemos brancos, Margaridas brancas, Rosas brancas

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